A cólera de seus olhos infernais me dopa,
Sua magnólia de mil perfumes me transcende,
Os lábios da angustia em não lhe ter,
Enlaçados com meu desejo,
Malignos seios insones,
Como me perco em teus desertos afiados!
Essa atroz fome de sonhos,
Águas de ilusão,
Desnudas e lisas,
Não almejo o pranto do talvez,
E de mil violinos taciturnos,
Originaria uma aurora sob teu corpo,
Isentas das lágrimas cinza,
Ouve? Retorcido o vento?
É apenas a vaga idéia escura de se diluir o Ar...
Trago-lhe o outono aos joelhos,
O suspiro das maçãs,
O choro de um rouxinol,
Os sete vales do acaso,
Saberás o segredo das rosas,
E caíram os ramos dos mistérios,
É de seu agrado?
Minha carne poesia,
Meu tormento em lírio,
Entrego-me...
Don Demente
Tua entrega sincera me espanta
ResponderExcluirAs palavras desenhadas em teu rosto valem mais que as lágrimas douradas do rouxinol
O suspiro da maçã não poderia ser tão desejado quanto o segredo da rosa revelado
E se tal sacrifício é puro como aparenta ser
Está sim de meu agrado e nada mais peço, a não ser tua lealdade até o fim do teu respirar...