domingo, 27 de fevereiro de 2011

Vestido Luxúria


A luxúria é um Vestido e seu rosto é uma máscara sem face...


Como ela dança as pernas,

Os seios, as poses, os lábios,

Meus olhos arrastam-se no visível solúvel de seu sabor...

Minha mente lúcida,

Veste-se de Lascívia e não há nada a fazer,

Apenas ansiar-te em um luxo...


Sua doçura tenra – suas colinas inatingíveis,

Enfeita teu deleite frio e seu frenético sensualismo,

Com o pasmoso paladar.

Em tua boca nasce,

O desejo que perece e pisar por completo teu corpo,

Delira tua pele convulsa entre o espectro da lubricidade,

Assim tu andas – com os ensejos a abater,

Todas as ambições...


O olhar de rutilo não susta,

Tilinta entre tua sinfonia,

A recitar versos de fantasia,

Com as notas suavemente cálidas... Maiores e Mínimas...

Alcanço com mel teu corte,

Restauro-o - dou-lhe fim...


Despida tua veste,

Com o mais forte dos vendavais,

No dilúvio teus farrapos,

E em meu olhar jaz tua pele nua...


As horas expiram,

Diluindo-se em coisa nenhuma,

Penetrando em ti um Inferno delicioso,

E neste sentir,

Fecho teus olhos,

Aperto tuas pernas do quadril ao joelho,

Respiro em teu ouvido trêmulo,

Acalantando sua Veemência,

Levando-te a finitude de seu ser...

Dou-te a alma de minh’alma,

Em plena a essência,

Onde tudo cede... Onde tudo cessa... Onde tudo surge e fenece... Vive e Morre...




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