Lembra-se da Liberdade lúcida,
Sentir e ser sentido,
Nada queima os vestígios puros,
Desta água apaixonante,
Onde desfolhei meus sonhos e sonos,
Entre os luares amargos de uma espera sem propósito,
De ser tarde em fulgor,
E dançar atado sem motivo,
Bebendo das fontes invisíveis,
Todo licor transparente e doce.
Destruí meu sangue nu,
E da memória volúvel,
Apaguei sua face por um instante,
Então meu rosto se fez frio,
Inerte, solúvel, intocável...
Agora, sou Noite...
Apenas Noite... Nada além de Noite...
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