A Alma do vinho se entorna,
Sou meu anoitecer,
Faço da minha dor amante,
E deleito-a em meu leito,
Eu a profano fartamente,
Do modo mais extremo de meu ser...
Sem sopro de hesitas, fartas mentiras ou choros silentes,
O tempo atento,
Traça sedento,
Uma entorpecida sombra triste,
A abraçar-me...
Sem piedade mortal,
O céu a noite padece,
Apenas eu degusto... A amada beleza do instante...
O vento sem falsete – canta,
Na lua – o olhar frígido,
À noite sem piedade,
Fatal e a orla,
Rainha de madrugadas insones,
Perfume de meus licores,
Dama de meu sentir,
Amante de meus temores,
Tu trazes o dom,
De afastar-me de mim...
Aos Grandes Mestres Baudelaire, Rimbaud, Verlaine e Byron...
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