domingo, 27 de março de 2011

Alma do Vinho


A Alma do vinho se entorna,

Sou meu anoitecer,

Faço da minha dor amante,

E deleito-a em meu leito,

Eu a profano fartamente,

Do modo mais extremo de meu ser...

Sem sopro de hesitas, fartas mentiras ou choros silentes,

O tempo atento,

Traça sedento,

Uma entorpecida sombra triste,

A abraçar-me...

Sem piedade mortal,

O céu a noite padece,

Apenas eu degusto... A amada beleza do instante...

O vento sem falsete – canta,

Na lua – o olhar frígido,

À noite sem piedade,

Fatal e a orla,

Rainha de madrugadas insones,

Perfume de meus licores,

Dama de meu sentir,

Amante de meus temores,

Tu trazes o dom,

De afastar-me de mim...



Aos Grandes Mestres Baudelaire, Rimbaud, Verlaine e Byron...


Nenhum comentário:

Postar um comentário